Enxaqueca é uma doença rodeada de mitos. Na grande maioria de pacientes que procuram atendimento com um neurologista, percebe-se noções equivocadas a respeito da natureza de sua dor.
Conheça 4 verdades que você não sabe sobre a enxaqueca:
Imagine sua dor de cabeça como um incêndio. No caso do enxaqueca, o fogo se inicia na base do encéfalo, para depois se espalhar para o córtex e para os tecidos ao redor do cérebro. Esse incêndio é desencadeado por uma série de transmissores que, ao serem liberados, provocam uma depressão elétrica e mudanças no calibre dos vasos que irrigam o cérebro. O resultado disso são os pontos cintilantes na vista (aura visual), a dor latejante, sonolência, irritação e uma lentidão no raciocínio.
2- Não se pode perder tempo!
Como todo incêndio, o fogo começa de forma localizada. Transferindo a metáfora para enxaqueca, um analgésico na hora certa pode abortar a crise com sucesso. O segredo é tomar o medicamento o quanto antes. Muitas gente espera a dor estar mais forte para considerar o analgésico. Isso é um erro. Use o medicamento indicado pelo seu médico assim que sentir qualquer sintoma.
3- Trate do estômago e da cabeça.
A enxaqueca afeta o estômago e pode provocar enjoo e até mesmo vômitos. O resultado disso é que nada desce. Alimentos, líquidos e os medicamentos não conseguem progredir no trato digestivo. As pílulas ingeridas para o tratamento da crise não chegam ao intestino, local onde seriam devidamente absorvidas. Recomenda-se o uso de medicamento contra vômitos antes ou junto com o analgésico.
4- Remédios para dor podem piorar a enxaqueca.
É comum pessoas com enxaqueca frequente abusarem de analgésicos. Os médicos consideram abuso o consumo de analgésicos mais que 3x por semana. Esse medicamentos não foram feitos para serem consumidos dessa forma. As consequências podem ser muitas: gastrite e úlcera, hepatite medicamentosa e insuficiência renal.
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